CASAMENTO

casamento

Há algo mágico na cerimônia de casamento. Claro que os céticos dirão que é só mais uma convenção social, um contrato assinado perante o estado ou a igreja, que não tem importância nenhuma, que o amor verdadeiro não precisa de papel, de cerimonial, de todas essas coisas que a sociedade nos impõe. Tenho pena dos céticos.

O casamento é muito mais do que isso. O casamento é amor. Pelo menos foi essa a lição que tirei das últimas celebrações de casamento que tive o prazer de participar. É a celebração do sentimento mais nobre e genuíno que alguém pode sentir. É reunir em um mesmo lugar todas aquelas pessoas que te amam, que torcem por ti, que querem te ver feliz e mostrar que agora tua felicidade já não é mais só tua. É dividir com aqueles que te amam o teu amor por aquele com quem se está casando.

Só os mais descrentes deixam passar despercebido o olhar nervoso do noivo que entra pelo corredor de braços dados com sua mãe, da noiva quando vê aquele rosto tão conhecido esperando por ela lá em cima ou então as lágrimas de todos aqueles que de alguma forma fazem parte daquela história. Impossível não sentir o amor.

Tornar público, solene, não faz do amor mais forte, mas talvez o faça maior por ter sido divido com mais pessoas. Multiplica-se aquele amor que é só dos dois, por todos aqueles que estão ali e que agora, de uma forma ou de outra, são testemunhas daquele momento.

O amor quietinho, escondido, privado é importante, verdadeiro e forte. Mas o amor escancarado, barulhento, festejado é ainda mais alegre. E só quem não percebe a felicidade estampada na cara dos noivos pode dizer o contrário. Talvez se trate de uma convenção social, um contrato, uma imposição, mas é uma linda maneira de se ser convencional.

O amor merece ser celebrado, tornado público, oficializado sempre que se quiser. Dividir as alegrias é também parte da amizade e não há alegria maior do que amar e ser amado de volta e ter a certeza de que aquele amor é para sempre. Aí vem os céticos com aquele papo de que nada é para sempre, que o índice de divórcio aumentou consideravelmente nos últimos anos e que ninguém precisa de termos de compromisso, de documentos para viver o amor.

Ora meus caros céticos, deixem pra lá esse inconformismo e tentem viver a cerimônia de casamento pelo o que ela realmente é: a esperança de que o amor é mais forte que tudo. O casamento talvez seja o mais lindo dos ritos de passagem. É aquele momento em que o amor venceu todas as barreiras, todos os obstáculos, todas as dúvidas. Quando se diz o tão famoso “sim”, se deixa pra trás, ainda que por um instante, toda e qualquer insegurança, angustia, medo. Já não se caminha sozinho.

O casamento é uma linda cerimônia. Todos deveriam ter o direito de celebrar e oficializar seu amor. Quem sabe um dia.

Deixe um comentário